Cabeça de Gestor com Roberto Reis, da Meraki
- carolina5562
- 21 de ago.
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Assista na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=CldPTA0gr5M
"Estamos bem animados com a Bolsa brasileira." A frase de Roberto Reis, diretor de investimentos da Meraki, vem acompanhada de três motivos para a visão construtiva que motivou a gestora independente a aumentar exposição em ações brasileiras nesse ano. "São três os motivos que nos deixam animados com Bolsa Brasil", afirmou o sócio-fundador da gestora independente com R$ 2,3 bilhões sob gestão e entrevistado do Cabeça de Gestor desta quinzena.
O primeiro motivo é o fato de o próximo movimento de política monetária no Brasil - e também nos Estados Unidos - ser de corte na taxa básica de juros. Na Meraki, a projeção aponta que a redução nos juros começa no fim deste ano e faz a Selic chegar a 12% ao ano no fim de 2026.
O segundo motivo, diz Reis, é a baixa alocação do investidor brasileiro em ações. A saída de recursos dos fundos de ações é uma mostra disso. Nos últimos 12 meses, o saldo entre resgates e captações nesse segmento é negativo em R$ 75 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O terceiro motivo para a Meraki aumentar a exposição a Bolsa brasileira é o calendário eleitoral. Reis argumenta que definições por parte da direita brasileira - como o nome do candidato à Presidência da República e depois o nome do candidato a ministro da Fazenda dessa liderança - poderão ser gatilhos para valorização de ações. Ele pontua que o mercado deposita bastante confiança que um eventual governo de direita conduzirá um ajuste nas contas públicas, interrompendo o aumento do endividamento do governo federal.
Alocação Tendo esse cenário como contexto, Reis conta que aumentou a exposição à Bolsa brasileira e reduziu a fatia dedicada ao mercado internacional. "Quase 20% do fundo estava investido em empresas internacionais e tínhamos bastante dinheiro em caixa: mais uns 15%. O restante era alocação em empresa brasileira", contou Reis. "Isso mudou. Hoje a gente está com quase 90% investidos em ações brasileiras, caixa quase desprezível e um pouquinho investido ainda no mercado externo", disse afirmando que as ações de grandes bancos estão entre as maiores posições no fundo long only.
Nos fundos de renda fixa, a gestora tem posições aplicadas (aposta na queda) em contratos curtos - especialmente nas taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DIs) para janeiro de 2027 e para janeiro de 2029. "Agora é o momento de inverter a mão e ficar aplicado nos prazos mais curtos. Estamos muito próximos do momento de inflexão do mercado de risco no Brasil", afirmou Resis, acrescentando que os fundos têm proteção com uma posição tomada (aposta na alta) no DI para janeiro de 2031.





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