Variante ômicron e aumento de casos renovam preocupação com retomada da atividade econômica global
Por Adriana Cotias, Victor Rezende e Gabriel Roca — De São Paulo
29/11/2021 05h01
A derrubada dos mercados globais na sexta-feira, em meio ao receio de que uma nova variante do coronavírus se espalhe, foi um sintoma de que a chave de risco pode mudar radicalmente - de preocupações com pressões inflacionárias se alastrando, com reversões das políticas fiscais e monetárias frouxas, a um cenário que volte a atingir em cheio a atividade econômica.
Participantes do mercado acham prematuro traçar prognósticos, e veem as próximas semanas como cruciais para ter uma percepção mais clara do que está por vir: se mais um “round” da pandemia entra no radar ou se o movimento de venda generalizada de ativos não passou de um susto.
“Caso se confirme uma variante mais contagiosa, voltamos para o ‘playbook’ de um ano e meio atrás: um movimento de aversão a risco grande, com bolsas para baixo, juros para baixo, inflação para baixo com queda grande de demanda e potencialmente um dólar mais forte globalmente porque as pessoas vão querer segurar uma reserva de valor”, diz Rodrigo Cruz, economista e gestor de moedas e renda fixa da Meraki Capital.
Imagem: kjpargeter (freepik)
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